quarta-feira, 27 de junho de 2012

Deus é nosso refúgio na provação

Padre Roger Luís
Foto: Wesley Almeida/Cancaonova.com
A Palavra que irá nos guiar, nesta manhã, está no Evangelho de São João: “Eis que vem a hora, e já chegou, em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis sozinho. Mas eu não estou só. O Pai está sempre comigo. Eu vos disse estas coisas para que, em mim, tenhais a paz. No mundo tereis aflições. Mas tende coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16,32-33).
Deus não nos deixa enganados. No mundo, teremos aflições e tribulações, mas é preciso ter coragem, pois Ele venceu o mundo. Enquanto caminharmos nesta terra, enfrentaremos provações, isto é real, mas precisamos permanecer fiéis até o fim. A primeira coisa que precisamos entender é que não estamos sozinhos. Cristo passou pela solidão, pela dor, pelo calvário, mas ficou firme, unido ao Senhor. Jesus tinha certeza que o Pai estava com Ele.
Diga: "Deus está comigo! Em todos os momentos, nas aflições, sofrimentos, Ele não me deixa só".

Amados, a certeza de que não estamos sozinhos precisa fazer parte da nossa vida, pois, se alimentarmos essa esperança, venceremos as aflições e jamais abandonaremos os projetos de Deus para nossa vida. Na tribulação, temos o Deus justo, soberano, poderoso ao nosso lado. Ele mesmo nos restaura, alimenta, cuida de nós e jamais nos abandona. Nunca estaremos sozinhos. Ele sempre estará conosco.
“Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28, 20).  Essa é a certeza da nossa fé! Se olharmos para a vida de Jó, encontraremos um grande exemplo daquele que foi provado ao extremo, foi levado ao auge do desespero, da dor, mas confiou em Deus inteiramente.
Posso testemunhar que o meu relacionamento com Deus é feito, na maioria das vezes, pelo silêncio, mas isso não me faz desistir, pois tenho fé que o Senhor está comigo. Além das minhas sensibilidades, emoções, está a fé na presença, na companhia de Jesus em minha vida. Irmãos, não abandone Deus na ausência dos sentimentos.
Digo a vocês mães que têm um filho nas drogas ou em outro sofrimento: tenha fé, não desista, saiba que o Senhor tem visto cada uma de suas lágrimas. Recorde-se de Santa Mônica, ela não desistiu do seu filho e teve fé que o Senhor poderia mudar aquela situação de pecado, no qual Santo Agostinho estava inserido.
Como vimos no livro Fortes na Tribulação, padre Fabrício nos ensina que a paz do Senhor é silenciosa, é consequência da fé. Então, não desista, assuma o seu sofrimento como caminho de santificação. Não somos masoquistas, não gostamos de sofrer, mas precisamos ser fortes para viver cada dor, na certeza de que, pela cruz, alcançaremos o alívio no Senhor, no céu. Cada vez será mais difícil ser cristão, podemos ver a crescente do materialismo, consumismo, relativismo, imoralidades, quer seja nas novelas, nas músicas, nos relacionamentos, na política, nas leis, enfim, o inimigo sabe que lhe falta pouco tempo.
Então, meu irmão, enquanto cresce o afastamento de Deus, nós precisamos ficar firmes, como afirmou o beato João Paulo II, porque este milênio é o tempo dos mártires. Você sabia que nunca houve tantos mártires na história da Igreja como agora? Não tenha medo, Ele nos sustentará caso permaneça com o Senhor até o fim. A Palavra de Deus nos fala que Ele nos dará a coroa após vencermos com Ele a tribulação.


"O refúgio em Deus é o lugar dos fortes na tribulação" afirma padre Roger
Foto: Wesley Almeida/Cancaonova.com
São Paulo nos ensina que: "Mas, em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou. Tenho certeza de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potências, nem a altura, nem a profundeza, nem outra criatura qualquer será capaz de nos separar do amor de Deus, que está no Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 8,37-39). 
Irmãos, não podemos fugir, nos esconder dos problemas. Quem vive assim não consegue vencer as tribulações. Encontramos um relato assim no livre de Gênesis: “Quando ouviram o ruído do Senhor Deus, que passeava pelo jardim à brisa da tarde, o homem e a mulher esconderam-se do Senhor Deus no meio das árvores do jardim”. (Gn 3,8)

Quem se esconde jamais consegue ver a luz; o esconderijo é o lugar do imaturo na fé. O Senhor queria ser amigo de Adão e Eva, mas eles preferiram se esconder do Senhor e ficaram privados de ver a luz, a esperança. O esconderijo é sempre um risco, quem assim vive corre o risco de viver uma vida de depressão, vazia, sem sentido.
Adão e Eva se esconderam, mas nossa missão tem de ser outra, ou seja, buscar o refúgio no Senhor, principalmente nos momentos de escuridão, de prova. O refúgio é o lugar dos vencedores, dos fortes na tribulação.
Vamos aprender com Jesus:
“Chegaram a uma propriedade chamada Getsêmani. Jesus disse aos discípulos: “Sentai-vos aqui, enquanto eu vou orar”. Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a sentir pavor e angústia. Jesus, então, lhes disse: “Sinto uma tristeza mortal! Ficai aqui e vigiai”! Jesus foi um pouco mais adiante, caiu por terra e orava para que aquela hora, se fosse possível, passasse dele. Ele dizia: “Abbá! Pai! tudo é possível para ti. Afasta de mim este cálice! Mas seja feito não o que eu quero, porém o que tu queres”. Quando voltou, encontrou os discípulos dormindo. Então disse a Pedro: “Simão, estás dormindo? Não foste capaz de ficar vigiando uma só hora? Vigiai e orai, para não cairdes em tentação! O espírito está pronto, mas a carne é fraca”. Jesus afastou-se outra vez e orou, repetindo as mesmas palavras. Voltou novamente e encontrou-os dormindo, pois seus olhos estavam pesados de sono. E eles não sabiam o que responder. Ao voltar pela terceira vez, ele lhes disse: “Ainda dormis e descansais? Basta! Chegou a hora! Vede, o Filho do Homem está sendo entregue às mãos dos pecadores. Levantai-vos! Vamos! Aquele que vai me entregar está chegando”. (Mc 14, 32-42)
Jesus se escondeu? Não, Ele se refugiou no Senhor! É bonito perceber que, nesta oração, Cristo cai por terra, prostra-Se, buscando refúgio em Deus, entregando tudo a Ele, inclusive Sua confiança total no Pai, colocando-Se à inteira disposição para realizar não a Sua vontade, mas a do Senhor.
Então, o que você escolhe: esconderijo ou refúgio? O esconderijo é o lugar daqueles que desistem dos fracos, já o refúgio é o local dos fortes, daqueles que sabem que sua segurança é o Senhor. São Máximo nos ensina que só configurando a vontade humana com a divina, oferecendo um 'sim' a Deus, é que o homem será verdadeiramente livre.
Meu irmão, somente no refúgio a Deus encontraremos nossa felicidade, pois há uma vontade divina para nós e ela precisa se tornar, cada vez mais, nossa referência, conforme afirma o Papa Bento XVI. "A terra se torna céu à medida em que a vontade de Deus acontece". Ora, não nos resta outra coisa a não ser assumirmos que o Senhor está conosco. Nosso lugar é o céu e, para isso, precisamos, sem medo, confiar que Ele está conosco, pois Ele é nosso refúgio; mesmo na dor, seremos fortalecidos.

A vontade de Deus é capaz de realizar o céu aqui na terra. Se até agora você estava no esconderijo, saia e entre no refúgio, pois, com certeza, você será forte na tribulação.
Coragem" O Senhor está conosco até o fim!
Deus os abençoe.
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