Dom José Palmeira Lessa, arcebispo titular da Arquidiocese de Aracaju. Foi ordenado padre da Igreja Católica em 3 de julho de 1968, ordenado pelo cardeal Eugênio de Araújo Sales bispo titular de Sita e auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro em 24 de agosto de 1982. Em 30 de outubro de 1987 foi designado bispo de Propriá, no estado de Sergipe. Foi indicado como bispo auxiliar de Aracaju em 6 de dezembro de 1996 e, em 26 de agosto de 1998, assumiu a titularidade da arquidiocese.
"Fraco com os fracos"
Natural de Alagoas, filho mais velho de uma numerosa família
de quinze irmãos, Dom José conta, com muita simpatia, como Jesus transformou sua
vida a partir de seu sim a Deus.
BC: Gostaríamos de saber como foi o menino José e seu
chamado?
Dom Lessa: Antes de tudo, sou o mais velho
de quinze irmãos. Nasci em Alagoas, na cidade de Coruripe. Meu pai migrou para o
Rio de Janeiro e dois anos depois levou toda a família. Fomos para o Rio em três
e lá nasceram os outros. Integramo-nos muito na Igreja. Eu ia à Missa todos os
dias. Era coroinha. Em casa, como irmão mais velho, era aquele com quem minha
mãe contava para o serviço da casa. Lavar louça, cuidar dos irmãos. Lembro-me
que um tio meu que é Carmelita ia, às vezes, nos visitar e eu ficava olhando e
pensando: será que posso ser um padre. E, fui para o Seminário. Em 1968 foi a
minha Ordenação Sacerdotal na antiga catedral do Rio de Janeiro.
Como padre, trabalhei um bom tempo no
Seminário. Depois chegou o novo Bispo do Rio de Janeiro e manifestei-lhe o
desejo de fazer um Curso de Espiritualidade em Roma, para o qual depois de um
ano e meio ele me liberou. Fui, fiz o Curso e voltei. O Bispo, então, colocou-me numa Paróquia muito central, chamada
Nossa Senhora da Conceição, em Realengo. Aos trinta e seis anos fui nomeado
Vigário Episcopal. Fui para frente com o trabalho. Quando o Papa foi ao Brasil,
o Cardeal disse: "Você está há cinco anos como Vigário Episcopal. Eu gostaria
que você fosse fazer uns estudos em Roma". Fui fazer pastoral em Roma e na volta
não retornei mais ao Vicariato. O Cardeal entregou-me o Secretariado Pastoral da
Arquidiocese do Rio de Janeiro e, ao mesmo tempo, uma paróquia em São Conrado.
Lá é onde está a grande favela da Rocinha. E, um belo dia o Cardeal telefona-me
e diz: "Venha procurar-me, pois quero falar com você". Fui e ele me disse: "A
nunciatura está dizendo que você foi eleito bispo". Tomei um susto. Eu respondi:
"Eu sou padre, não sou um intelectual. Não sou uma pessoa preparada para a
missão de Bispo". E, ele me respondeu: "Nós já estamos trabalhando juntos há dez
anos. Conheço seus defeitos. Mas, dá para ser bispo e eu quero uma resposta". Eu
disse que queria um tempo para pensar. Fomos conversando e eu disse: "Seja feita
a Vontade de Deus". A sagração foi no dia 24 de agosto. Foi uma coisa linda. A
Catedral estava muito cheia. O caminho da evangelização passa pela renúncia de
muita coisa que dá espaço para acolher sempre o sopro do Espírito Santo.
BC: Se para ser um católico hoje é necessário haver
renúncia, como deve ser o perfil daquele que deseja seguir Jesus, testemunhar e
ser luz do mundo?
Dom Lessa: Antes de tudo para ser um
cristão você tem que amar. Se é por amor, a vida transborda e constrói. E, esta
vida em Cristo retorna e ressuscita você sempre. É algo importante saber que a
renúncia é uma face da medalha que é a Cruz. A outra face, realmente, é o amor.
Na renúncia você exercita o amor. Não há maior amor que dar a vida. Se queremos
realmente uma comunhão profunda com Deus, não podemos vivê-la deixando de lado
nossos irmãos, deixando de lado a Igreja, pois ela, na terra é a expressão de
vida de Deus, que é comunidade entre três pessoas na Trindade. Portanto, o
perfil do cristão é alguém que crê que Deus ama por primeiro e que esse amor se
fez palpável na pessoa de Jesus. Então, a fé em Jesus, em acolher esse amor de
Deus precisa ser a resposta daquele que quer seguir a Deus. Nesse momento, por
exemplo, eu estou sendo uma resposta do amor de Deus para você e você é uma
resposta desse mesmo amor para mim. Amar o próximo como a si
mesmo.
O discípulo de Cristo não pode se enganar:
"Quem quiser ser meu discípulo, renuncie a si mesmo e tome a sua cruz", aquela
de cada dia, de cada momento.
O mundo hoje não quer saber de palavras,
ele está cheio de palavras. O mundo quer saber do nosso testemunho, da nossa
experiência. Palavras muita gente diz, meditações bonitas muita gente faz. O
importante é saber se a nossa vida corresponde.
BC: Como o senhor vê o papel dos canais de televisão
católicos na evangelização?
Dom Lessa: Jesus não mandou que se
anunciasse o Evangelho dos telhados? Há um século atrás poderia se pensar que
isso seria subir como um gato no telhado e de lá proclamar o Evangelho. Mas,
hoje, nos tempos modernos, na cultura moderna, essa palavra significaria
utilizar os meios de comunicação com os satélites. Dá-se uma notícia aqui, ela
vai pelas ondas do satélite para o mundo todo. E, a televisão é apenas um
instrumentozinho que faz acontecer toda esta riqueza. Então, vejo que os canais
católicos do Brasil tem um potencial extraordinário para atualizar a
evangelização nas aspirações e necessidades do homem de hoje. Estes canais serão
tanto mais evangelizadores, quanto mais caminharem de acordo com as orientações
e propostas da Igreja, espalhando-as através das televisões de todo o Brasil. É
importante fazer isso também através de debates de temas atuais: a clonagem, o
homossexualismo, o aborto, a destruição da natureza, a globolização, a economia
e suas consequências, a exclusão, a fome, a miséria e as questões morais. São
questões que hoje estão aí.... Tratar todos estes assuntos à Luz do Evangelho,
da Doutrina Social da Igreja, da palavra do Santo Padre, do Catecismo da Igreja.
BC: Qual a maior dificuldade enfrentada na Igreja Católica
hoje?
Dom Lessa: Eu poderia dizer que é a questão
da formação dos leigos. Em minha Diocese, nas Assembléias Diocesanas, sempre
pedem cada vez mais formação, formação, formação. As pessoas têm muitos anseios,
mas falta organização, metodologia e pedagogia para suprir estes anseios.
Somente um leigo com uma vivência profunda e, ao mesmo tempo, com uma formação
catequética de conhecimento é capaz de intensificar o testemunho e capaz também
de estar num certo nível para conversar com as pessoas. Está faltando também
conteúdo para iluminar a fé das pessoas. Precisamos de formação e, a partir da
formação, uma convicção da fé, da dimensão e da consciência da Igreja apostólica
e missionária. É necessário que haja leigos que sejam missionários e
evangelizadores através de um testemunho e de uma capacidade de organizar sua
comunidade. Isso é fundamental! Outra coisa é a questão de uma Igreja que
respeita os carismas. É fundamental o respeito aos carismas por parte da própria
Igreja, da pessoa dos bispos, dos sacerdotes. Através do Espírito Santo todos
nós somos chamados. Todos nós somos Igreja e cada um tem a missão de exercer sua
missão. Antes de tudo, Deus quer que sejamos irmãos e que nos amemos com Seu
Amor. Ele quer que nos santifiquemos vivendo em profundidade a comunhão do amor,
utilizando os Sacramentos, a vida de oração e o exercício da caridade.
Fonte: Blog da Associação do Senhor Jesus
Meus amados, meu coração de Cristã católica se alegra em Deus pelo Dom da vida do Nosso arcebispo, obrigada Jesus por nossos pastores, por nossos padres, bispos, obrigada pelo Papa e por cada leigo e leiga que entendeu o seu chamado e se colocou no caminho da evangelização. Que possamos a cada dia, ir pelo mundo pregar o Evangelho...Assim como Dom Lessa, eu assumo que o Senhor tem o melhor para mim, e por isso eu te entrego a minha vida: Jesus, eu confio em Vós!!!Amém!
Vamos cantar?
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Meus amados, precisamos continuar rezando e intercedendo uns pelos outros...Reza comigo?
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Gota da Misericordia de hoje:
Minha filha, a tua confiança e amor constragem a Minha justiça e não posso castigar, porque tu Me impedes. (D. 198) |
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