Domingo – Dia 1 de janeiro de 2012
Santa Maria, Mãe de Deus
Resumidamente, podemos dizer que Nossa Senhora é Mãe de Deus e não da
divindade. Ou seja, Ela é Mãe de Deus por ser Mãe de Nosso Senhor, pois
as duas naturezas (a divina e a humana) estão unidas em Nosso Senhor
Jesus Cristo.
Se perguntarmos a alguém se ele é filho de sua mãe, se esta verdadeiramente for a mãe dele, de certo nos lançará um olhar de espanto. E teria razão. O homem, como sabemos, é composto de corpo e alma, sendo esta a parte principal do seu ser, pois comunica ao corpo a vida e o movimento.
Mas, afinal, por que Nossa Senhora é Mãe de Deus?
Vamos provar pela razão, pela Sagrada Escritura e pela Tradição que Nossa Senhora é Mãe de Deus.
Se perguntarmos a alguém se ele é filho de sua mãe, se esta verdadeiramente for a mãe dele, de certo nos lançará um olhar de espanto. E teria razão. O homem, como sabemos, é composto de corpo e alma, sendo esta a parte principal do seu ser, pois comunica ao corpo a vida e o movimento.
A nossa mãe terrena, todavia, não nos comunica a alma, mas apenas o
nosso corpo. A alma é criada diretamente por Deus. A mãe gera apenas a
parte material deste composto, que é o seu ser. E como é que alguém
pode, então, afirmar que a pessoa que nos dá à luz é nossa mãe?
Se fizéssemos essa pergunta a um protestante sincero e instruído, ele
mesmo responderia com tranqüilidade: "é certo, a minha mãe gera apenas o
meu corpo e não a minha alma, mas a união da alma e do corpo forma este
todo que é a minha pessoa; e a minha mãe é mãe de minha pessoa. Sendo
ela mãe de minha pessoa, composta de corpo e alma, é realmente a minha
mãe."
Apliquemos, agora, estas noções de bom senso ao caso da Maternidade divina de Maria Santíssima.
Há em Jesus Cristo "duas naturezas": a natureza divina e a natureza humana. Reunida, constituem elas uma única pessoa, a pessoa de Jesus Cristo.Nossa Senhora é Mãe deste única pessoa que possui ao mesmo tempo a
natureza divina e a natureza humana, como a nossa mãe é a mãe de nossa
pessoa. Ela deu a Jesus Cristo a natureza humana; não lhe deu, porém, a
natureza divina, que vem unicamente do Padre Eterno.
Maria deu, pois, à Pessoa de Jesus Cristo a parte inferior - a natureza
humana, como a nossa mãe nos deu a parte inferior de nossa pessoa, o
corpo. Apesar disso, nossa mãe é, certamente, a mãe da nossa pessoa, e Maria é a Mãe da pessoa de Jesus Cristo.
Notemos que em Jesus Cristo há uma só pessoa, a pessoa divina,
infinita, eterna, a pessoa do Verbo, do Filho de Deus, em tudo igual ao
Padre Eterno e ao Espírito Santo. E Maria Santíssima é a Mãe desta
pessoa divina. Logo, ela é a Mãe de Jesus, a Mãe do Verbo Eterno, a Mãe
do Filho de Deus, a Mãe da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, a Mãe
de Deus, pois tudo é a mesma e única pessoa, nascida do seu seio
virginal.
A alma de Jesus Cristo, criada por Deus, é realmente a alma da pessoa
do Filho de Deus. A humanidade de Jesus Cristo, composta de corpo e
alma, é realmente a humanidade do Filho de Deus. E a Virgem Maria é
verdadeiramente a Mãe deste Deus, revestido desta humanidade; é a Mãe de
Deus feito homem.
Ela é a Mãe de Deus - "Maria de qua natus est Jesus": "Maria de quem nasceu Jesus" (Mt 1, 16).
Note-se que Ela não é a Mãe da divindade, como nossa mãe não é mãe de
nossa alma; mas é a Mãe da pessoa de Jesus Cristo, como a nossa mãe é
mãe de nossa pessoa.
A pessoa de Nosso Senhor é divina, é a pessoa do Filho de Deus. Logo, por uma lógica irretorquível, Ela é a Mãe de Deus.
Para iluminar com um raio divino esta verdade tão bela e fundamental,
recorramos à Sagrada Escritura, mostrando como ali tudo proclama este
título da Virgem Imaculada.
Maria é verdadeiramente Mãe de Deus.
Ela gerou um homem hipostaticamente unido à divindade; Deus nasceu
verdadeiramente dela, revestido de um corpo mortal, formado do seu
virginal e puríssimo sangue.
Embora, no Evangelho, Ela não seja chamada expressamente "Mãe de Cristo" ou "Mãe de Deus", esta dignidade deduz-se, com todo o rigor, do texto sagrado.
O Arcanjo Gabriel, dizendo à Maria: "O santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus" (Lc 1, 35), exprime claramente que ela será Mãe de Deus. O Arcanjo diz que o Santo que nascerá de Maria será chamado o Filho de
Deus. Se o Filho de Maria é o Filho de Deus, é absolutamente certo que
Maria é a Mãe de Deus.
Repleta do Espírito Santo, Santa Isabel exclama: "Donde me vem a dita que a Mãe de meu Senhor venha visitar-me?" (Lc 1, 43).
Que quer dizer isso senão que Maria é a Mãe de Deus? Mãe do Senhor ou "Mãe de Deus" são expressões idênticas. S. Paulo diz que Deus enviou seu Filho, feito da mulher, feito sob a lei (Galat. 4, 4).O profeta Isaías predisse que a Virgem conceberia e daria à luz um
Filho que seria chamado Emanuel ou Deus conosco (Is 7, 14). Qual é este
Deus? É necessariamente Aquele que, segundo o testemunho de S. Pedro,
não é nem Jeremias, nem Elias, nem qualquer outro profeta, mas, sim, o
Cristo, o Filho de Deus vivo.É aquele que, conforme a confissão dos demônios, é: o Santo de Deus. Tal é o Cristo que Maria deu à luz. Ela gerou, pois, um Deus-homem. Logo, é Mãe de Deus por ser Mãe de um
homem que é Deus e que, sendo Deus, Redimiu o gênero humano.
Maria é Mãe de Deus... é absolutamente certo. Esta dignidade supera
todas as demais dignidades, pois representa o grau último a que pode ser
elevada uma criatura. Toda dignidade supõe um direito; e não há direito numa pessoa, sem que haja dever noutra. Se Deus elevou tão alto a sua Mãe, é porque Ele quer que ela seja por nós honrada e exaltada. Não estamos bastante convencidos desta verdade, porque, comparando
Maria Santíssima com as outras mães, representamo-nos a qualidade de Mãe
de Deus sob seu aspecto exterior e acidental, enquanto na realidade a
base de sua excelência ela a possui em seu "próprio ser moral", que influi em seu "ser físico". Maria concebeu o Verbo divino em seu seio, porém esta Conceição foi
efeito de uma plenitude de graças e de uma operação do Espírito Santo em
sua alma.
Pode-se dizer que a mãe não se torna mais recomendável por ter dado à
luz um grande homem, pois isto não lhe traz nenhum aumento de virtude ou
de perfeição; mas a dignidade de Mãe de Deus, em Maria Santíssima, é a
obra de sua santificação, da graça que a eleva acima dos próprios anjos,
da graça a que ela foi predestinada, e na qual foi concebida, para
alcançar este fim sublime de ser "Mãe de Deus": é a sua própria pessoa. Diante de tal maravilha, única no mundo e no céu, eu pergunto aos protestantes: não é lógico, não é necessário, não é imperioso que
os homens louvem e exaltem àquela que Deus louvou e exaltou acima de
todas as criaturas? Se fosse proibido cultuar à Santíssima Virgem, como querem os
protestantes, o primeiro violador foi o próprio Deus, que mandou saudar à
Virgem Maria, pelo arcanjo S. Gabriel: "Ave, cheia de graça!" (Lc 1, 28). Santa Isabel: "Bendita sois vós entre as mulheres" (Lc 1, 42) Igualmente, a própria Nossa Senhora nos diz: "Doravante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada..." (Lc 1, 48). Todos esses atos indicam o culto à Nossa Senhora, a honra que lhe é devida.
O Arcanjo é culpado, Santa Isabel é culpada, os evangelistas são
culpados, os santos são culpados e 19 séculos de cristianismo também...
Só os protestantes não...
Desde os primórdios do Cristianismo, como já vimos, era comum o culto à Maria Santíssima.
Em 340, S. Atanásio, resumindo os dizeres de seus antecessores nos
primeiros séculos, S. Justino, S. Irineu, Tertuliano, e Orígenes,
exclama: "Todas as hierarquias do céu vos exaltam, ó Maria, e nós,
que somos vossos filhos da terra, ousamos invocar-vos e dizer-vos: Ó
vós, que sois cheia de graça, ó Maria, rogai por nós!"
Nas catacumbas encontram-se, em toda parte, imagens e estátuas da Virgem Maria. O culto de Nossa Senhora não é um adorno da religião, mas uma peça
constitutiva, parte integral, e indissoluvelmente ligada a todas as
verdades e mistérios evangélicos. Querer isolá-lo do conjunto da
doutrina de Jesus Cristo é vibrar golpe mortal na religião inteira,
fazê-la cair, e nada mais compreender da grandeza em que Deus vem
unir-se às criaturas. Nossa Senhora é Mãe de Deus: "Maria de qua natus est Jesus!" Tudo está compendiado nesta frase. Maria, simples criatura; Jesus, Deus eterno; e a encarnação "de qua natus est"; afinal, a união indissolúvel que produz o nascimento, entre o Filho e a Mãe, a grande e incomparável obra-prima de Deus. Ele pode fazer mundos mais vastos, um céu mais esplêndido, mas não pode
fazer uma Mãe maior que a Mãe de Deus! (S. Bernardo Spec. B.V. c 10).
Aqui Ele se esgotou. É a última palavra de seu poder e de seu amor!
(Extraído, com alguns pequenos acréscimos, do Pe. Júlio Maria, "A Mulher Bendita",
Editora "O Lutador", 1949, Manhumirim, MG). O texto sobre a Mãe de Deus
foi basicamente copiado, por se tratar de uma das mais belas páginas de
defesa da maternidade divina de Nossa Senhor que encontrei.
Vamos cantar?
Gota da misericordia de hoje:
Maria, minha Mãe caríssima, guiaí minha vida interior para que ela seja agradável a Vosso Filho. ( Diário, 240)
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fk emocionada é linda a capela!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirQue bom Clarice... Deus nos espera em cada Sacrário nas nossas comunidades. Quer receber muitas graças? Visite Jesus Sacramentado!
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