São Judas, designdo por Tadeu
(que significa o corajoso), é um dos Doze Apóstolos escolhidos por Jesus para o
acompanhar na Sua vida pública. Irmão de S. Tiago Menor, primo de Jesus, seguiu
o Divino Mestre de perto e depois do dia de Pentecostes dedicou-se à pregação
do Evangelho na Judéia, Samaria, Mesopotâmia (hoje região do Iraque) e na
Pérsia, aonde viria a morrer martirizado, juntamente com o Apóstolo São Simão,
apelidado «o Zelote». Costuma ser representado com uma moca ou cacete na mão
porque foi assassinado à paulada. O seu corpo foi trazido para Roma, onde é
venerado na Basílica de São Pedro, no Vaticano. O Papa Paulo III concedeu
indulgência plenária a quem visitar o seu túmulo no dia da sua festa, que a
Igreja fixou no dia 28 de outubro.
Por causa da traição de Judas
Iscariotes, o nome de Judas (que significa Deus seja louvado) veio a cair no
opróbrio, devotando os cristãos tal horror e desprezo por aquela designação que
o termo Judas passou a ser usado como equivalente de traidor, criminoso, assassino,
homem desprezível ou diabólico. Narra Santa Brígida que Nosso Senhor quis
reparar tal estado de coisas e fazer justiça a nome tão belo e sublimemente
usado por Seu primo materno. Numa aparição àquela famosa santa sueca, Jesus,
num momento difícil, disse-lhe para recorrer a São Judas Tadeu, pois ele queria
ajudar os seus irmãos neste mundo. A influência das revelações de Santa Brígida
estendeu-se desde a Idade Média ate os dias de hoje e é por isso que muitos
cristãos passaram a recorrer a São Judas, a exemplo de Santa Brígida. Tais
foram e têm sido os favores espetaculares do Santo que a sua fama alcançou todo
o mundo católico, tornando-se conhecido na tradição cristã como o advogado das
causas consideradas perdidas, desesperadas, angustiosas ou muito difíceis de
resolver satisfatoriamente.
Poderoso patrono das causas
difíceis e desesperadas. Assim, desde o século XIV, S. Judas é invocado nos
casos difíceis e a experiência provou o poder da sua intercessão nas
circunstâncias em que, esgotados todos os meios humanos, as causas parecem
totalmente perdidas ou desesperadas.
Um escritor eclesiástico assegura
que “entre os devotos de S. Judas, poucos há que não tenham recebido provas
especiais da sua assistência nas doenças, nos assuntos mais difíceis e mesmo no
desespero, nos temores, nos desgostos, nas calúnias, na pobreza, na miséria, e
nas ocasiões em que toda a esperança humana parecia perdida”. S. Bernardo de
Claraval tinha uma enorme devoção ao santo Apóstolo. Depois de ter conservado e
honrado durante toda a sua vida uma relíquia do Santo, ordenou que, quando
morresse, lhe pusessem sobre o coração e assim o enterrassem. Dizia que não
queria se separar daquele que tinha sido um poderoso protetor da sua pureza e o
seu auxílio em todas as dificuldades. Como São Bernardo, muitos têm encontrado
no patrocínio de São Judas o alívio que há muito procuravam. A capela com a sua
imagem na Basílica dos Mártires, em Lisboa, prova bem o agradecimento de
inúmeras almas, que, aflitíssimas, a ele recorreram com eficácia. Mas capelas
por todo o mundo atestam o mesmo fato. Ele entrou na devoção dos povos
católicos e tem marcado a sua presença ao longo dos séculos com poderosos
favores.
Como recorrer a S. Judas?
É a oração persistente, humilde,
com confiança, que atrai o milagre. E é assim que se deve ir a São Judas: com
preces, missas, novenas, visitas as suas capelas ou igrejas onde esteja a sua
imagem e, também, muito especialmente, com esmolas.
Será muito útil aos que
recorrerem à intercessão do Santo Apóstolo, que dêem em sua honra uma esmola ou
façam outra Obra de Misericórdia. Nada nos atrai tanto o auxílio de Deus e a
proteção dos Santos como este procedimento. Que graças magníficas e
extraordinárias não concedeu Santo Antônio àqueles que lhe prometeu pão para os
pobres! O Salvador disse: “Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão
misericórdia”. E mais: “Usarão convosco da mesma medida que tiverdes usado para
com os outros”. S. Leão assegura-nos que a oração tem maior eficácia diante de
Deus, quando as obras de misericórdia a acompanham.
De fato, a esmola, recomendada
pela Sagrada Escritura, é uma das obras que mais satisfaz a justiça divina. O
Arcanjo S. Rafael dizia a Tobias que a esmola livra da morte, apaga o pecado e
obtém-nos a graça do Céu. O Eclesiastes ensinava já esta verdade: “A esmola
aniquila o pecado como a água extingue o fogo”. Abri a vossa mão ao pobre, para
que o vosso sacrifício fique completo. Um autor eclesiástico escreve: “Se não
houvesse pobres, os pecados graves e numerosos não seriam perdoados. Os pobres
são os médicos das nossas feridas espirituais. Nunca daremos aos pobres tanto
quanto recebemos deles; porque, por um copo de água que lhes dermos, eles
oferecem-nos um direito de entrada no Céu”.
Escutemos S. Vicente de Paulo: “Quem
poderá medir o amor infinito do Filho de Deus pela pobreza? Ele quis nascer num
humilde estábulo, para ser o pai dos pobres e diz em seguida, claramente, que
tudo o que lhes fizessem o encararia como feito a Ele mesmo. Convém, pois, amar
os pobres com uma caridade especial, vendo Jesus Cristo neles, e estimando-os
como Ele os estima”.
Diante de Deus, todos somos
mendigos. O que possuímos é uma esmola que recebemos da Sua Mão. Mas é preciso
que Deus nos possa reconhecer como tais, para que nos dê sempre mais. “Ele
fa-lo-á – diz Santo Agostinho – se vir que somos bons para os pobres”. Exercera
a divina perfeição da Sua Misericórdia conosco. Muitos santos e sábios tiveram
essa experiência. Um santo sacerdote, pregando numa tarde, aconselhou ao mais
infeliz dos seus auditores que fizesse uma obra de misericórdia, com a
confiança de que Deus viria em seu auxilio. No dia seguinte de manhã, um senhor
rico veio ter com ele e disse-lhe: “Eu era ontem à tarde o mais infeliz dos
ouvintes do seu sermão (ao mesmo tempo mostrava-lhe uma corda que tinha
arranjado para se enforcar); segui o seu conselho e deitei no prato da coleta
uma moeda de ouro. Imediatamente me senti transformado. Agora peço-lhe que me
ouça em confissão, para reencontrar a felicidade”.
A Santíssima Virgem, que é tão
poderosa, ajudar-nos-á se formos misericordiosos. Coloquemos obras de
misericórdia nas suas mãos e Ela nos recompensará com graças especiais. “Quem
semeia a misericórdia colherá o milagre".
Oração diária a S.
Judas Tadeu
O S. Judas Tadeu, recordo-vos a
felicidade que sentistes quando o bom Mestre vos ensinou, a vós e aos outros
Apóstolos, a oração do Pai Nosso. Por essa alegria, peço-vos que me obtenhais a
graça de ser, até o fim, um fiel discípulo do Salvador. (Pai Nosso)
Amados ! Queremos agradecer hoje, a Deus por intercessão de São Judas Tadeu, a graça de pertencermos a uma igreja una e santa, somos devotos da Divina Misericórdia, mas sabemos de toda a riqueza da igreja de Cristo: Amamos esta igreja, e hoje nos alegramos com o testemunho desse santo homem de Deus... Queremos a seu exemplo, sermos obdientes e servos desse Deus bondoso e misericordioso. E você? Também deseja conhecer e assemelhar-se a Ele? Não é fácil! É um caminho de renuncias e sofrimentos, não podemos negar! Mas no final, valerá muito a pena Confie e verás!!!!
Vamos cantar?
Gota da misericórdia de hoje:
Continuais a carregar-me no seio da Vossa misericórdia,
perdoando-me sempre, desde que Vos suplique o perdão com o coração
contrito. (D. 1332)
Nenhum comentário:
Postar um comentário